sexta-feira, junho 02, 2006

Tempo

Tempo


Não há noites

De vento sossegado

Nem luar que ilumine

Meus ossos

Quão estranho

É esse lugar

Onde descanso

Nunca a dor

Ocupou tanto

Espaço

Dentro de mim

Hoje

Não sei mais

Quem sou

Ontem

Já não sabia

E amanhã

Pressinto

O nada

Que se aproxima

De minha

Cama

Calma

Serena

A levar-me

O tempo

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