terça-feira, fevereiro 24, 2009

Nem o tempo...

O tempo não traz alívio,
Mentiram-me todos.
Os que disseram que o tempo amenizaria a minha dor!
Sinto a sua falta no choro da chuva.
Quero a sua presença no recuar da maré.
A velha neve escorre pela encosta de cada montanha.
E as folhas do outono viram fumaça em cada caminho.
Mas o triste amor do passado deve permanecer em meu coração.
E meus velhos pensamentos perduram.
Há centenas de lugares dos quais receio ir, por estarem tão repletos da lembrança dela.
E ao entrar com receio em algum lugar tranqüilo, onde seu pé nunca pisou, nem seu rosto brilhou, eu digo:“Aqui não há nenhuma recordação dela”.
E com essa lembrança, paro arrasado e me lembro tanto dela.
Porque aqui estou eu em todos esses lugares.
Lugares onde ela nunca esteve e nunca estará.
Então eu choro...
E cada lágrima que escorre por minha face, representa um vazio sem fim e sem volta, que hoje ocupa o lugar do meu coração.
Sigo se permitido...
Com o peito sufocado, oprimido, com a alma cheia de tristezas.
Com o corpo cheio de cicatrizes.
Com uma dor em meu peito que não tem tamanho nem fim.
E às vezes como se ouvira o vento, escuto sua voz dizendo.
¿Quieres que rece para que tú también te mueras?

Para mina irmã Gilmara Gabriela, que nos deixou em 23 de abril de 2007.

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